Apresentação

VI CBENS

04 a 07/Abril/2016 – Belo Horizonte

O Brasil enfrenta nos últimos anos uma importante redução nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas e, por conseguinte, um aumento sistemático da participação de combustíveis fósseis em nossa matriz energética e do custo da energia elétrica distribuída aos diferentes setores da economia nacional.

Cenário preocupante, mas que vem ratificando a importância do uso intensivo das novas energias renováveis, capitaneado pela biomassa e energia eólica, com custos atrativos e participação continuada nos leilões de energia, realizados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.

Para o 1º Leilão de Energia de Reserva, previsto para agosto de 2015, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) credenciou 382 projetos de energia solar fotovoltaica, totalizando uma capacidade instalada de 12.528 MW.

Essa efervescência, somada à normalização da conexão à rede de distribuição de mini e microusinas de geração elétrica, através da Resolução Normativa no 482/2012 da Aneel, vem demonstrar de forma inequívoca o novo patamar alcançado pela tecnologia fotovoltaica no país.

Na área da energia solar térmica, o Brasil apresenta crescimento sólido, notadamente nas aplicações de baixa temperatura (até 60ºC). Atualmente, o país possui mais de 10 milhões de metros quadrados de coletores solares planos instalados, sendo que o setor residencial responde por 72% desse total.

Um exemplo inspirador do uso social do aquecimento solar é o Programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal. Até maio/2015, foram entregues à população de baixa renda mais de 116 mil unidades familiares com sistemas de aquecimento solar.

Entretanto, um desafio que precisamos enfrentar nesse momento é a ampliação do uso da tecnologia solar térmica nas aplicações de média e alta temperatura, para o setor industrial e geração heliotérmica, com a criação de toda a sua cadeia produtiva no país.

Para as tecnologias térmica e fotovoltaica, precisamos discutir sua integração ao ambiente construído, as linhas de fomento e de financiamento disponíveis, assim como as Políticas Públicas necessárias para o estabelecimento de um mercado solar competitivo e sustentável, com seus impactos sociais, econômicos e ambientais positivos em nosso país.

E, ainda, a constatação de que precisamos incrementar urgentemente a capacitação de profissionais em Energia Solar, em seus diferentes níveis de atuação!

Assim, cientes da importância desses temas, convidamos todos os interessados a trabalhar conosco para que o VI CBENS possa realmente encontrar respostas e propor caminhos através do fortalecimento da tecnologia solar no Brasil, propiciando um futuro melhor e mais renovável para todos.

Profa. Elizabeth Marques Duarte Pereira